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Entrevista: Siamese fala sobre seu álbum de estreia

O primeiro disco da artista mistura hip-hop, trap, pop, rock e MPB

siamese
Foto: Divulgação/Cred. Vitor Augusto

Recentemente, a cantora e compositora Siamese divulgou seu álbum de estreia homônimo! Com 10 faixas inéditas, o disco também é um projeto audiovisual – apresentando videoclipes para cada uma das músicas.

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Com uma mescla de hip-hop, trap, pop, rock e MPB, a artista mostra, em seu primeiro projeto completo, toda sua versatilidade enquanto musicista – com o objetivo de apresentar sua perspectiva artística de maneira completa. Ouça o álbum:

Em entrevista recente ao Tracklist, Siamese comentou sobre seu disco de estreia, processo de produção e mais. Acompanhe abaixo!

Entrevista: Siamese comenta seu álbum de estreia

Você lançou, recentemente, o seu primeiro álbum de estúdio. Como você definiria esse projeto para os que estão sendo introduzidos agora ao seu trabalho?

“O álbum ‘Siamese’ é um projeto onde encontro minha voz e forma mais madura de fazer música, traz uma pegada nostálgica que se conecta com o hoje. É um disco bem versátil, que flutua por várias sonoridades, como pop, rock, rap, afrobeats e bossa nova,; que aborda sentimentos humanos, mostra a minha vivência e olhar sobre o mundo e possibilita se conectar com o público de forma diversa”.

E como foi o processo de produção?

“Em 2023, fui aprovada em um edital, o que viabilizou a produção e execução do projeto da forma como eu sonhava. Com isso, comecei o processo criativo de forma mais prática, revisitei algumas composições e melodias que eu tinha guardado para esse momento e criei novas obras que conectavam tudo como uma unidade, um capítulo fechado de uma Siamese que eu ainda não apresentei aos meus ouvintes. Quero que esse primeiro disco mostre todas as minhas facetas, minha personalidade, por isso fez sentido dar o nome do disco com meu nome, ‘Siamese'”.

“O processo criativo das faixas começou no início de 2024, quando gravei as guias das músicas, no meu quarto mesmo, para poder ouvir uma demo do álbum e entender se era por este caminho que eu iria seguir. Quando cheguei em uma construção fiel ao que estava no meu imaginário, apresentei a ideia do álbum aos produtores musicais e direção criativa, e então iniciamos a concepção sonora e visual de forma mais original para o disco”.

“Durante o processo criativo tive muitas trocas com os profissionais envolvidos nesse projeto, pude ir até o Rio de Janeiro construir os arranjos vocais junto do Tirado, que é responsável pela produção musical de 8 das 10 faixas do álbum. Passamos dois dias em estúdio experimentando e afinando o que era melhor para a interpretação das músicas. Tive, também, a oportunidade de estar em estúdio com o Badzilla, gravando e criando duas faixas inéditas do disco, uma delas também em colaboração com a Clementaum. Em paralelo com a concepção sonora, estive sempre com a Aurora, construindo como iríamos apresentar imageticamente todo esse trabalho. Foram alguns meses ouvindo diversas vezes as demos e guias do álbum, conversando e rabiscando ideias sobre como eu quero que as pessoas me vejam a partir deste lançamento”.

Há alguma faixa no disco que tenha sido particularmente desafiadora de produzir ou gravar? Se sim, qual?

“A faixa ‘Forte’ foi a mais difícil de gravar, por ser uma composição bem íntima, que fiz para meu pai e mãe. Ano passado perdi meu pai para um câncer, cantei para ele no seu leito de morte. Tinha que mostrar para ele a canção antes dele partir, isso me marcou muito. Quando fui para o estúdio fazer os arranjos vocais, eu fiquei muito ansiosa e emocionada para gravar; me lembrava da perda do meu pai. Geralmente sou muito rápida nas gravações, já chego no estúdio sabendo a interpretação que quero trazer para a canção. Só que era uma situação atípica, e queria entregar o melhor. No fim deu tudo certo, só precisei dar uma pausa, respirar e entregar toda essa emoção na interpretação”. 

Você já colaborou com artistas como Pabllo Vittar, Gloria Groove, Clementaum e BADZILLA. Existe algum – ou alguma – artista que você tenha o desejo de colaborar em breve?

“Eu gostaria de colaborar com a KING Saints, amei o álbum ‘SE EU FOSSE UMA GAROTA BRANCA'”.

Seu álbum traz muitas particularidades de sua caminhada artística e, também, suas vivências pessoais. Neste sentido, o que você deseja que o público absorva deste trabalho?

“Meus ouvintes vão acessar músicas que não fogem da minha personalidade já apresentada, mas conhecerão uma Siamese mais confiante, se permitindo cantar em outros estilos musicais – que sempre fizeram parte da minha concepção artística, mas que antes eu não me sentia pronta para apresentar ao público. Nas músicas presentes no meu álbum, eu busco trazer sentimentos humanos, como amores, saudades, decepção, raiva, felicidade, tristeza, amor próprio e autoestima. Quero que minha obra seja acolhida como uma expressão humana, que meu trabalho seja humanizado e vá além do meu recorte de raça e gênero”.

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